HPV Papilomavírus Humano

Alguns fatores de risco para infecção são: a iniciação sexual precoce, múltiplos parceiros, tabagismo, multiparidade e baixo nível sócio-econômico.
A infecção por HPV é a doença viral sexualmente transmissível mais comum, com prevalências variando de 1,4 a 25,6% na população mundial.
O HPV reveste-se de grande importância na atualidade, devido à sua conotação com o desencadear de neoplasias intraepiteliais e invasivas no trato genital inferior da mulher.
Trata-se de um vírus DNA, sendo já descoberto mais de 100 tipos diferentes.
O HPV é classificado, primariamente, ela espécie hospedeiro natural(humano, bovino e assim por diante), e subclassificado em tipos de acordo com o nucleotídeo. Cerca de 40 tipos afetam o trato genital, sendo que aproximadamente 15 estão associados à carcinogênese.
Os HPV’S podem ser classificados de acordo com a sua capacidade de transformação neoplásica:

GRUPO DE BAIXO RISCO (TIPOS 6,11,42,43 E 44)Estão relacionados principalmente ás verrugas genitais e neoplasias intraepiteliais de baixo risco. Condilomas genitais, que não são lesões pré cancerosa, são causadas tipicamente pelos HPV’S 6 e 11.

GRUPO DE ALTO RISCO (TIPOS 16,18,31,33,35,39,45,51,52,56,58 E 66)Tipicamente, os HPV’S 16 e 18 estão frequentemente associados à neoplasia intraepitelial de alto risco. O câncer do colo do útero está intimamente relacionado ao HPV de alto risco.

Em 99,7% dos cânceres de colo do útero o HPV é encontrado. Nos cânceres de vulva, vagina e canal anal o HPV também tem papel importante.
De acordo com a virulência do HPV e resistência do hospedeiro, vários estudos têm demonstrado que a infecção geralmente regride em 25% dos casos, persiste em 60% e progride em, aproximadamente,15%. Quando o vírus infecta a célula do hospedeiro, existem 3 possíveis evoluções:
1. O organismo consegue eliminar o vírus;
2. A infecção permanece de forma latente. Nesse caso, as células infectada têm aparência normal, sendo apenas detectadas por métodos de biologia molecular. Em situação de imunodepressão, a infecção latente pode se tornar ativa;
3. Produzir infecção clínica ou subclínica:
   *Clínica: Condiloma genital.
   *Subclínica: É assintomática, sendo detectada á colpocitologia oncológica(exame de Papanicolau), colposcopia e/ou exame histopalógico através de biópsia.

A via preferencial de transmissão viral é a sexual(incluindo preliminares e sexo oral).
Toalhas, roupas e superfícies como tampas de vaso sanitário também favorecem a transmissão do vírus, apesar de difícil comprovação.
Alguns fatores de risco para infecção são: a iniciação sexual precoce, múltiplos parceiros, tabagismo, multiparidade e baixo nível sócio econômico.
A terapêutica na infecção por HPV é individualizada, podendo ser: expectante, uso de agente químicos ou físicos, ou métodos cirúrgicos (cirurgia de alta frequência, laser ou bisturi convencional).
Não há tratamento específico para o vírus, portanto, o objetivo é destruir o efeito citopático ou histoático pelo método mais acessível a cada serviço de saúde.
Como medida preventiva, deve-se dar enfoque ao comportamento sexual (reduzindo o número de parceiros) e ao uso de preservativos(ele não oferece 100% de proteção, porque não recobre toda a superfície de contágio).
A grande arma contra o HPV é a vacina. Já disponível na rede particular, apresenta alta eficácia na prevenção do câncer do colo uterino e também de verrugas genitais (no caso de vacina quadrivalente). A idade recomendada para a vacina em minas e jovens é entre 9 e 26 anos. O ideal seria que a vacina fosse tomada mesmo antes da iniciação sexual. Por Dr. Orlando Monteiro Jr.
(CRM/SP 73.806 – CRM/MS 3.256 – TEGO 568/95)

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